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sábado, 23 de novembro de 2013

Reflexão acerca do comprometimento (ou quiçá descomprometimento)

Desde cedo me espantou a forma fácil e por vezes leviana de como as pessoas se comprometem. Seja com projectos, pessoas, com Deus ou consigo próprias. No início são movidas pela força do entusiasmo, fazem planos, esforçam-se e dedicam-se à causa. No entanto, algumas pessoas, tão facilmente se comprometem, como se descomprometem. E isso ainda me deixa mais espantada. Depois de se estabelecerem compromissos com outras pessoas, ou com Deus, ou consigo próprias e se assumirem responsabilidades, de repente algo muda. A vida muda, a vontade muda, as circunstâncias mudam. E ficam responsabilidades para cumprir, prejudicam-se projectos e pessoas.
Eu tenho grande dificuldade em descomprometer-me. Confesso que sinto alguma inveja de quem esse processo é tão simples. Talvez por isso em vez de mudar de um projecto para outro, vá acumulando compromissos e responsabilidades, sem conseguir deixar nenhum! Até que um dia desconfio da minha própria capacidade de existir com tanta coisa na minha vida, ou coisas que se tornaram vida. Talvez também por isso demore sempre tanto tempo a decidir-me embarcar num projecto maior, apesar da força do entusiasmo me mover nesse sentido. Porque sei que se me comprometo, dificilmente me descomprometo...

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