Nestes últimos meses, tenho-me debatido com uma pergunta à qual não consigo dar resposta: Serão actualmente as relações apenas baseadas nas aparências? Estarão os sentimentos passados de moda?
Por exemplo, duas pessoas dão-se muito bem em determinadas circunstancias, em determinado ambiente. Quando mudam as circunstancias ou o ambiente, quando deixa de ser "necessário" qualquer tipo de contacto, simplesmente deixam de falar, começam a tratar-se como completos desconhecidos! E sim... isto é muito comum. E parece que é aceite por todos sem queixa, como se fosse o normal, como se as nossas relações com os outros fossem tipo "on-off", como se já não se criassem laços, amizades, sentimentos ou mesmo respeito!
Será este o futuro? ou seremos nós capazes de conservar 1 punhadinho de pessoas com as quais tenhamos uma relação verdadeira, profunda e para a vida?
Até que ponto são as outras pessoas importantes na nossa vida? Até que ponto podemos viver na solidão, apenas conosco proprios? Então, se precisamos de outras pessoas a povoar o nosso mundo, porque não lhes damos o devido valor?
"vale a pena pensar nisto..."
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2 comentários:
Actualmente, a maioria das relações funcionam assim. Estou a falar por experiência própria quando digo que as aparências são ridiculamente sobrevalorizadas. Nos dias que correm, as pessoas escondem-se atrás de uma cara de porcelana, isenta de emoções. Talvez porque, “antigamente”, quando deixavam fluir os sentimentos, os outros brincavam, ou zombavam de alguma forma. Para mim (chamem-me infantil, naive, o que quiserem) quando estou triste, estou triste, quando estou feliz, demonstro que estou feliz. O ser humano é assim. Para quê fingir, para quê fazer pensar aos outros que tudo corre bem, quando no fundo, estamos as desmoronar por dentro ou a explodir de contentamento? As aparências e circunstâncias não deveriam definir uma relação, mas é o que acontece. Já não há o querer manter a relação. Porque as relações são cultivadas e precisam de ser mantidas. E estou a falar de qualquer tipo de relação. Mesmo estando a milhares de kms de distância, é bom receber o tímido “olá” enviado às 2h da manhã enquanto se lava os dentes e se prepara para ir dormir. São estas pequenas coisas que contam... Por isso temos estas poucas (mas boas) pessoas às quais podemos enviar “olás” sem fim, às 2h, 3h, 4h da manhã, sabendo que, provavelmente, estarão a dormir, mas que de manhã farão tudo o que puderem para responder. São essas almas que temos de conservar ainda com mais força. Elas é que importam.
E tudo isto porque "no man is an island".
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