no principio era o verbo e o verbo fez-se blog

O que foi vivido e o que ainda é... As Fadas do Milenio dão as boas vindas a todos aqueles que nos visitam em tão humilde residencia virtual...

sábado, 23 de novembro de 2013

Reflexão acerca do comprometimento (ou quiçá descomprometimento)

Desde cedo me espantou a forma fácil e por vezes leviana de como as pessoas se comprometem. Seja com projectos, pessoas, com Deus ou consigo próprias. No início são movidas pela força do entusiasmo, fazem planos, esforçam-se e dedicam-se à causa. No entanto, algumas pessoas, tão facilmente se comprometem, como se descomprometem. E isso ainda me deixa mais espantada. Depois de se estabelecerem compromissos com outras pessoas, ou com Deus, ou consigo próprias e se assumirem responsabilidades, de repente algo muda. A vida muda, a vontade muda, as circunstâncias mudam. E ficam responsabilidades para cumprir, prejudicam-se projectos e pessoas.
Eu tenho grande dificuldade em descomprometer-me. Confesso que sinto alguma inveja de quem esse processo é tão simples. Talvez por isso em vez de mudar de um projecto para outro, vá acumulando compromissos e responsabilidades, sem conseguir deixar nenhum! Até que um dia desconfio da minha própria capacidade de existir com tanta coisa na minha vida, ou coisas que se tornaram vida. Talvez também por isso demore sempre tanto tempo a decidir-me embarcar num projecto maior, apesar da força do entusiasmo me mover nesse sentido. Porque sei que se me comprometo, dificilmente me descomprometo...

A minha saída do “espaço” (que se tornou templo, que se tornou casa)

Sim, é verdade! Vou sair. Saio porque me sinto triste no local onde me deveria sentir feliz, onde esperava encontrar amizades mas encontro desprezo, onde esperava que fosse a minha casa e não as minhas masmorras.
                Cheguei porque senti uma necessidade muito forte de fazer algo pelos outros de forma organizada, mantida no tempo. Senti que precisava dar mais de mim! Não sabia para onde ir… O Natal soube desta minha vontade e ajudou-me a perceber: vi uma história no jornal sobre uns guerreiros que estavam sozinhos e sem Natal-todos-os-dias. Como se fosse o destino a conspirar pouco menos de um mês depois estava um outro guerreiro a falar-me da sua Batalha, do seu templo… E convenceu-me… Mas tal como acontece quando quero muito alguma coisa, os duendes da incerteza que vivem por detrás do meu cabelo fizeram-me pensar, e pensar e repensar… e demorei cerca de três meses a inscrever-me para as batalhas. Mas fi-lo, com o coração cheio de esperança e expectativa! Agora penso, talvez os duendes estivessem certos… Durante muitos meses fiz o caminho desde o outro reino: carro, barco, metro…metro, barco, carro! E era feliz, e venci medos e venci tempestades… e pouco a pouco o tempo passou a ser espaço na minha vida… e no fim tornou-se a minha vida.
                Fiz uma pausa… sim os grandes guerreiros também choram, e também esmorecem e também sentem-se desistir… da vida. Mas voltei… e voltei com um novo Amor e com uma nova esperança… agora era uma guerreira com uma missão! E o reino onde havia chegado há um ano tornou-se a minha casa, a minha família. E mais tempo se transformou em mais espaço… tanto espaço que deixei de me encontrar… à medida que o espaço ia entrando na minha vida, eu ia saindo dela. Deixei de me encontrar (de existir?). Apesar de tudo estava feliz… estaria?
                De repente uma nuvem desceu sobre a minha cabeça. Ouviram-se sinos ao longe a anunciar a tempestade que estava no caminho. Voltaram os duendes detrás do meu cabelo. Deveria acreditar? Não sabia… mas os sinos não se calavam e os duendes levaram-me ao pergaminho… à receita da destruição, que pregava amor, abraços e planos para o futuro. Um futuro que não era o meu! Um futuro que me deixava de fora, sozinha, sem saber onde estava (perdi-me quando o “espaço” ocupou a minha vida), sem saber quem era. Procurei outros guerreiros para amainar a minha solidão… mas eles decidiram lutar noutra batalha. Nesta altura percebi que estava sozinha, no que era o meu templo, a minha casa, o meu lugar. Sozinha sem saber quem sou, ou se sou, eventualmente.
             Fui ficando, fui-me encontrando, fui-me redescobrindo e o “espaço” foi deixando de ter lugar no meu coração. Fui voltando a ser eu, mas um eu sem outros guerreiros, sem outras amizades naquele lugar que se tinha tornado a minha casa. Mas… fui ficando. Os duendes por detrás do meu cabelo continuam a falar, tento ignorá-los mas já acertaram uma vez! Tento sair… mas sinto-me presa pela missão, pelo Amor, pela esperança.
Pouco a pouco comecei a perceber onde estava… não conseguia sair, não tinha visitas, já não lutava. Eram as minhas masmorras…o local que já tinha sido a minha casa. Sinto-me mal lá… quero sair, quero fugir! Mais uma vez não tenho guerreiros comigo. Só os duendes (aqueles que moram por detrás do meu cabelo) e que se foram tornando os amigos que não tive, que tive e que perdi, que não cheguei a encontrar…. Falo com eles… quero fugir… irei fugir.
           Neste momento ainda me encontro presa no espaço-templo. Ainda sozinha, ainda a redescobrir quem sou e onde me perdi. Já não tenho tantas amarras e espero deixar as outras. Os duendes estão aqui comigo, continuam a falar. Não quero acreditar neles, mas com o tempo foram-se tornando os meus amigos… Já não acredito no Amor! Perdi-o no espaço-templo-masmorra… Talvez ainda lá esteja, talvez outro guerreiro o tenha encontrado, talvez ainda seja meu….
        Termino esta missiva, na esperança que o meu Eu leia e que volte para mim! Sabes onde estou…

sábado, 15 de dezembro de 2012

Génesis

Um dia de Chuva,
dia como aqueles em que em crianças sentados  à braseira da cozinha da tua avó  jogávamos cartas e víamos os filmes que passavam na TV.
Dias felizes , em que a nossa maior preocupação era procurar a nuvem que parecia um Peru e em que o que mais ansiávamos era que parasse o tempo para que o jogo se prolongasse por mais umas horas..
Hoje é dia de afazeres, de preocupações maiores, de saudade e é quase natal .. e o ano está a terminar..
chega a hora de fazer retrospetivas, chega a hora de buscar ao baú dos ''pecados'' as pessoas que nos pisaram os calos...  enfim chegou Dezembro.. chegou a hora da lista de tréguas .. não te esqueças de colocar la os do costume .. porque esses têm o lugar de honra ''Forever''...
aguardo resposta :P 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

renascer de um blog ..

e se por acaso num dia qualquer este blog renascer?
agora que em terras cada vez mais longínquas vamos existir? faria sentido?  desafio-te minha irmã fada :P

segunda-feira, 13 de julho de 2009

que fazer irmã quando nos voltam a cara?
que fazer quando nos rebaixam...
humildade humildade...
"quem se humilha será exaltado"
que fazer irmã fada quando não somos mais do que pó e nos tornamos ouro?

sábado, 4 de julho de 2009


Um final não tem de ser mau, pois dá sempre oportunidade de um novo começo!

Cabe-nos a nós agarrar essa oportunidade!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A alguém...

Hoje sinto-me não existir...
Hoje sinto o vazio a percorrer as ruas do meu coração...
Hoje... mais do que nunca, sinto a tua falta...
Queria dizer o que sinto,
Queria gritar para acalmar esta dor que me arde no peito...
Queria abraçar-te... queria abandonar-me nos teus braços..
Queria voltar a sentir-te... para acreditar que foi bem mais do que um sonho...
Mas... tu não me pertences...
Resta-me sonhar contigo....
Desejar-te boa noite em pensamentos...
Procurar o teu cheiro, a tua pele, o teu toque... em todos os recantos da minha memória...
E talvez um dia....
Serás meu!